Diz o poeta que “o sonho comanda a vida e que sempre que o homem sonha o mundo pula e avança”.
Retraduzindo este ideal utópico, podemos afirmar que as relações sociais e políticas são inerentemente feitas de tensões e contradições sociais, assumindo estas um carácter mais visível e concreto nas conflitos sociais produzidos pelas sociedades.
A democracia é sinónimo de liberdade, igualdade, justiça e direitos sociais.
Neste início de século e milénio, constata-se as fragilidades e limitações do modelo de democracia representativa.
Desenvolvem-se os apelos para uma democracia participativa e directa, onde os trabalhadores e cidadãos vejam reforçados as suas capacidades de intervenção e mudança social e política.
As lutas sociais e revoluções sempre tiveram uma importância decisiva na história e tal se verifica actualmente, sobretudo na Europa e América Latina.
Quanto ao povo português, este tem mantido igualmente bem vivo os ideais de Abril. As lutas laborais, afinal, continuam a assumir uma grande centralidade, como o atestam os milhares e milhares de trabalhadores que ao longos dos últimos anos nas várias manifestações convocadas pela CGTP, procuram ser respeitados na melhoria das suas condições de vida, pelo direito a uma vida melhor, no combate às desigualdades sociais, contra o desemprego, pelo direito à protecção social e desenvolvimento do país.
É este príncipio democrático que encontramos também nas lutas dos professores e na defesa da escola pública, como nas lutas dos pescadores, cada vez mais uma classe profissional em grande risco de pobreza, ainda na Administração Pública, nos trabalhadores que lutam contra a deslocalização das suas empresas, nos movimentos de utentes dos serviços de saúde contra a empresarialização do direito universal à saúde, ou contra o aumento dos preços dos combustíveis.
O capitalismo selvagem tem-nos ofertado com a guerra, a degradação generalizada das condições económicas, a insustentabilidade ambiental, a desumanização da sociedade e a miséria de milhões que morrem de fomem todos os anos.
Com o capitalismo actual o mundo não tem pulado e avançado.
domingo, 29 de junho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário