Karl Marx, Das Kapital, 1867 – há 142 anos…
"Owners of capital will stimulate the working class to buy more and more expensive goods, houses and technology, pushing them to take more and more expensive credits, until their debt becomes unbearable.
The unpaid debt will lead to bankruptcy of banks, which will have to be nationalized, and the State will have to take the road which will eventually lead to communism."
Democracia Económica e Socialismo
sábado, 7 de fevereiro de 2009
sábado, 27 de dezembro de 2008
Sim é possível!
A propósito da mensagem alternativa de Natal, de Jerónimo de Sousa, o blogista Joshua escreve o seguinte post que traduz o mal-estar de muitos portugueses relativamente ao pântano PS/PSD:
"Durante muitos anos, vi no PCP a linha avançada de uma tirania
falida, um colonialismo ideológico provindo da longínqua Moskwa,
completamente inviável no mundo e em Portugal.
Hoje, inesperadamente, perante a traição grosseira praticada pelo PS
de esse grande iletrado do espírito, esse fruto do aparelho de todas as máfias-PS,
esse ignorante falsariamente 'ingenheiro', mas também pelo cancro de interesses
alojados no cerne do Estado de que vive e mendiga também o PSD,
percebo e percebe uma esmagadora maioria de cidadãos
que é urgente dar um sinal inesquecível ao País Político:
esse sinal é votar maciçamente à Esquerda de este PS Unívoco e Fascista-em-Actos,
votar em massa. Não por adesão ideológica, não por convicção partidária,
mas porque a Corrupção, o Abuso e o Desrespeito do Bloco Central de Interesses
pelos cidadãos, o esbulho, a miséria e o desemprego cavados compromentem
a continuidade de Portugal, comprometem o nosso timbre pacífico,
atiram-nos para as margens da rebelião e do caos mais ferozes.
lkj
Cada vez que o PM abre a boca, insulta-nos.
Cada vez que se declara socialmente sensível pratica um inteiro insulto desabrido.
Nunca o Povo Português foi tão explorado, desprezado e esmagado. Nunca!
Este PS da Patorra Informe sobre toda a Economia e os Media todos é um cancro
insulta-nos e cospe-nos por existir tal como existe, esmagador e incontestável.
Como descrever o fastio de suportar um Lello, um Vitalino, um Vitorino, um ASS?!
É penoso até ao limite da figadeira: a Besta não é o PCP.
A Besta, a grande Besta lesiva e esmifrante de Portugal, já não é o PCP. Já não é."
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PCP; Jerónimo de Sousa
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Solidariedade natalícia!
Belang van Limburg, de 50 anos, solteiro e pai de dois filhos, ganhou 7,5 milhões de euros no sorteio do Euromilhões de 12 de Dezembro.
Porém, anunciou que vai doar metade desse dinheiro ao centro de ajuda social da sua área de residência para auxiliar os mais pobres, pois ele próprio já passou por dificuldades financeiras no passado.
Trata-se de um gesto generoso, de verdadeira solidariedade e de compreensão para a com a adversidade do outro, que condiz com a época que vivemos.
Demonstrando além disso absoluta confiança numa instituição pública para fazer bom uso desse dinheiro ao serviço dos mais pobres - ao contrário do que por cá se apregoa...
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Belang van Limburg
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
Promiscuidade política
"A regulação falhou. É o que todos dizem, menos os reguladores. Convinha saber por que falhou a regulação. Os vigaristas têm meios mais sofisticados. Os reguladores, a justiça e as polícias estão atrasados. Estas são as razões superficiais. Mas há outras. Os reguladores e os políticos conhecem intimamente os especuladores e os predadores. Não só se conhecem, como se estimam e convivem. Têm mesmo, simultânea ou sucessivamente, interesses comuns. O triângulo formado pelos políticos, os reguladores e os especuladores constitui um percurso pessoal que muitos fazem airosamente nas suas carreiras. Muitos políticos e muitos reguladores consideram que os predadores e os especuladores têm o direito de se entregar às suas actividades, de operar no mercado livre, de ter sucesso e de vencer nos negócios. Se é verdade que houve Estado a menos, também é certo que Estado a mais não é a resposta. Pois o Estado é... os políticos!"
António Barreto, Jacarandá
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António Barreto
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Carta da Amizade e da Esperança
Há muitos anos, na minha terra, uma vila do norte de Portugal… Ia contar-vos a história de uma mulher ainda jovem que cantava quando tinha fome. Cantava, e uma mulher que tinha muitos filhos trazia-lhe uma malga de caldo e pão. Vivia numa casa erguida sobre uma fraga, a jovem que cantava quando tinha fome.
Ainda hoje a ouço, quando penso nos direitos à vida, ao trabalho, ao lazer e à cultura. É o meu ponto de partida, para escutar as vozes de quem sofre, de quem não tem trabalho, não tem hospitais, centros de saúde, escolas, casas de cultura e espaços para a prática desportiva.
Em Portugal, essas faltas e a destruição do que existe desde a Revolução de 25 de Abril de 1974 aprofundaram-se. O governo do Partido Socialista restringe e retira direitos concretos, alarga o desemprego, destrói a nossa economia, a identidade e o futuro do nosso país e do nosso povo. Fazem tudo isso enquanto falam de “direitos humanos” para outros países; absolutizam, em abstracto, a questão das liberdades; vão longe, muito longe, na confusão de conceitos, e esquecem o que é essencial e possibilita a afirmação e a realização de quem trabalha, de quem ama a sua terra, de quem quer ser feliz e vê a vida quotidiana instabilizada e mais insegura.
É esta injustiça milenar e a paralisia do desenvolvimento social, económico e cultural que nos levam a lutar pelo futuro. E o futuro constrói-se enfrentando o sistema capitalista e a crise financeira e estrutural que advém da chamada “economia de casino” a que chegou. Também em Portugal, ministros e ex-ministros do Partido Socialista e do Partido Social Democrata, as principais forças nos governos desde os golpes mais profundos na Revolução de Abril, bem como outros comparsas, ergueram fortunas através de leis permissivas, de privatizações de bancos e empresas, de especulações bolsistas e da corrupção generalizada.
Não há outro caminho para a realização humana que não seja esse passo enorme da ultrapassagem do capitalismo e a construção do socialismo. E, nesta superação que se impõe, entra a ética admirável do homem e da mulher que pensam sempre no bem-estar de todos, na construção de mais trabalho, mais emprego, maior envolvimento das comunidades, das classes trabalhadoras, das populações, na conquista da felicidade a que temos direito.
Igualdade, fraternidade e liberdade de agirmos em colectivo, na individualidade de cada um de nós, na criatividade e na ética que nos fazem sentir mais humanos e mais próximos da beleza e do gosto de viver. Parecem direitos tão simples e tão próximos, e, no entanto, no sistema capitalista, na injustiça e na violência em que vivemos, na Europa e em Portugal, tudo isso tem de ser conquistado contra os governos, contra órgãos de soberania que obedecem aos interesses dos altos poderes financeiros nacionais e internacionais.
Por isso, quando pensamos em Cuba e noutros países que vão lá mais à frente, na caminhada para uma sociedade liberta da exploração do homem pelo homem, não podemos deixar de pensar em José Marti, em Fidel, em Che Guevara e em todos os que se elevaram na prática revolucionária, em todos vós, os que constroem um país que amamos e que acompanhamos na solidariedade internacionalista e na luta pela libertação dos cinco heróis presos nos Estados Unidos da América e pelo fim do campo de concentração em Guatánamo.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem não são apenas aqueles trinta artigos proclamados pelas Nações Unidas em 10 de Dezembro de1948. São todas as conquistas da humanidade que saíram do sangue e do sofrimento dos homens e das mulheres que se bateram durante séculos e todos os dias se batem pela dignidade de erguerem um mundo melhor, de justiça, de paz e de desenvolvimento igual para todos.
Por isso estamos convosco, com o povo cubano, no exemplo que nos dão e na força que, todos juntos, temos nas mãos e no cérebro para cantarmos o fim da opressão e da exploração, para elevarmos o mundo a outros destinos, de alegria e de reencontro com o que verdadeiramente somos e queremos ser, humanos, simplesmente humanos, abertos à vida e à coragem de estarmos vivos e solidários, enfrentando as dificuldades com a força e a dignidade que nos exige o tempo histórico que atravessamos.
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António Navarro
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